A Selva de Lisboa
Nesta linda cidade onde nasci cada vez me sinto mais 'outsider'!!! é verdade, esta cidade já não é dos Lisboetas mas sim daqueles que exploram os vários serviços que de repente invadiram a nossa cidade, as nossas ruas, e as nossas casas!!
Estacionar o nosso 'bólide' em Lisboa é uma aventura! mesmo para quem está habituado ao trânsito caótico, á caça á multa, á falta de estacionamento, aos sinais de trânsito colocados como que ao desbarato e que revelam cabeças ainda mais confusas do que aqueles que numca cá vieram...está tudo em obras!! está tudo esboracado!! a cidade é para meia dúzia de afortunados que têem estacionamento no emprego, ou que têm dinheiro nos bolsos para pagar as verdadeiras fortunas que são o estacionamento pago e que está em todo o lado! as quantias diárias de estacionamento na rua chegam a 6€ e claro se optarmos por estacionamento interior os valores conseguem ser ainda maiores. Viva o luxo! sim porque circular em lisboa de carro é pelos vistos um luxo que tem que ser devidamente pago pelos lisboetas e estacionar o carro na MINHA CIDADE pelos vistos nem sequer é um direito.
Chego á conclusão que tive azar em nascer em Lisboa! estaria muito melhor fora desta cidade, fora deste reboliço, fora desta guerra desenfreada por caçar ainda mais dinheiro aos contribuintes. Vivo na selva! tenho que competir pelo almoço, pela fila no trãnsito, pelos lugares de estacionamento, pelo mercado de trabalho, pelo infantário, pelas maçãs na frutaria!! Sou uma outsider nesta cidade...e aquilo que mais desejo é pirar-me daqui para fora o mais depressa possível!! não há quem aguente tanta competição, tanta agitação e uma cidade tão caótica! se Lisboa é dos Lisboetas eu sou pelos vistos Moldava! esta cidade não é minha...
Aqueles que tanto apregoam os transportes públicos, que experimentem circular neles num dia de chuva por exemplo ás 18h15, ir buscar os filhos ao infantário...se conseguirem sobreviver a este desafio, compreenderão porque é que os lisboetas também tem que andar de carro na sua cidade e se sentem tão indignados.