Thursday, October 12, 2006

A insustentável leveza da sustentabilidade da segurança social

Ontem lá ia no metro, quando resolvi ler o jornal gratuito que é distribuído.
Fiquei curiosa relativamente a um artigo que tinha a ver com sustentabilidade da segurança social, não porque o artigo em si traga novidades, mas sim porque constatei que realmente e utilizando uma expressão populista (…) se anda a tapar o sol com uma peneira (…)

Dizia o tal artigo, que as empresas têm que estar sensibilizadas para a necessidade de integrarem colaboradores com mais de 65 anos, porque está em causa a sustentabilidade da segurança social (que palavras tão bonitas para descreverem uma tão má gestão)

Pois é…mas na minha pobre ignorância, pensei para os meus botões: então se hoje em dia se assiste a uma ESCANDALOSA situação em que os candidatos a emprego com mais de 35 anos são muitas vezes considerados velhos (o que aliás já foi devidamente relatado em entrevistas pelos órgãos de comunicação social) como é que as empresas vão integrar colaboradores com mais 65 anos? Esta deve ser para nos largarmos a rir!!

Outra questão que me surgiu: esses colaboradores com mais de 65 anos que mais-valias vão acrescentarem ás empresas?

Se forem qualificados e souberem por exemplo trabalhar com um computador (aspecto que tive já oportunidade de constatar não ser a realidade, pois a grande maioria e estou a falar da maioria e não de alguns casos que realmente fogem á regra assistimos a pessoas que parecem ‘’burros a olhar para um castelo’’) podem realmente acrescentar know how ás empresas, mas a grande maioria faria realmente um favor em ir para casa.
Não estou para aqui a dizer que a partir dos 65 somos inválidos. Estou sim a dizer que no nosso País nunca se apostou na formação e que infelizmente se nota cada vez mais um desfasamento entre aquilo que o mercado global nos exige e aquilo que conseguimos dar. No entanto, no estrangeiro somos considerados bons profissionais e bastt produtivos até, mas por aqui colam-nos na testa um autocolante de ‘pouco produtivos’…será que é do ar do estrangeiro que nos faz assim tão bons?

Isto tudo para dizer que é uma pescadinha de rabo na boca. Garantir a sustentabilidade através do adiar da reforma parece-me que só vem adiar o problema. Que tal começarmos a pensar a longo prazo?

Por exemplo criando verdadeiras políticas de natalidade (pois são estas que estão verdadeiramente em causa, e é aqui que encontramos o verdadeiro problema da sustentabilidade, somos cada vez menos a pagar a factura daqueles que são cada vez mais na reforma)
No mesmo jornal é referido que as mulheres consideram como idade ideal para ter filhos a faixa etária 30- 38 anos??? Dá que pensar e faz prever o futuro que se avizinha

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